sábado, 21 de março de 2009

Chimarrão e Churrasco






Senhoras e senhores,




é com grande satisfação que nesta data lhes apresento ao vivo e a cores... Ops! Ficou mal... a fotos e a cores (melhor assim?) dois ilustres personagens,
os meus amigos peludos:

CHIMARRÃO e CHURRASCO!

Ah! É mesmo?
Eu escrevi que Chimarrão era um gato persa?
Tem certeza?
Mesmo?
Sabe o que aconteceu? Devido a esta onda de calor insuportável que assola o país, ele decidiu mudar o visual e aderiu a um corte fashion nos pêlos e também fez umas luzes escuras. Para ficar melhor na foto, está usando um par de lentes de contato azuis.
Evidentemente ele não ia querer ficar por baixo diante dos meus olhos naturalmente azuis. Vamos ser honestos, não ficou de todo ruim.

Ih! Eu também escrevi que o Churrasco era preto?
Ufa! Pelo menos desse a raça continua a mesma.
Era verão quando eu o conheci, ele estava bronzeado. Agora mandou a foto depois que fez clareamento de pele com o mesmo médico do Michael Jackson.

Querem saber mais? Já que vocês estão pressionando, agora vou entregar, mesmo.
O Churrasco não passa de uma alcatra, e o Chimarrão de uma chimarrita.

O que mais vocês podiam esperar de um felino metido a escritor?
Gato quando resolve escrever é assim mesmo, não dá para confiar em tudo que diz, pois da sua imaginação podem sair muito mais coisas do que simplesmente coelhos de uma cartola. Ela é como uma caixinha mágica na qual o mundo pode ser exatamente aquele que idealizamos. Um mundo de paz, de amor e sem miséria, violência ou fome.

Todos temos imaginação, é só saber usá-la.


4 de março de 2009

Botão no Palheiro

Churrasco é um cachorro dócil e carente, pois está sempre querendo chamar a atenção para si.
Dizer que um labrador é dócil já é uma redundância, mas vá lá.
Enquanto Chimarrão não está nem aí, com sua autoestima felina sempre bem-resolvida, Churrasco, quando pode, e isso significa todo o tempo, está com aquele olhar canino pidão:
“me ame, me ame, me ame...”
Como se não bastasse, traz um galhinho, uma folha, um pedacinho de madeira, qualquer coisa que encontrar no jardim para provar que está ali para o que der e vier.

Elas cortam tecidos, costuram, recortam, colam, bordam. Criam colchas, painéis, num exercício diário de paciência e dedicação. Churrasco é seu fiscal. Mesmo que a maior parte do tempo passe deitado fingindo-se de morto, faz-se presente.
Já tiraram um bolo de linha de sua boca, encontraram pedaços de tecidos babados no meio do jardim e tiveram que disputar com ele um projeto recém-desenhado para evitar que fosse engolido antes mesmo de se ter uma simples cópia. E, quando a galinha que haviam acabado de aplicar desapareceu do mural, a resposta para o sumiço estava na ponta da língua:
– CHURRAAASSSCOOOO!!!!

Ela gostava muito daquele vestido, embora ele não tivesse nada de especial. Havia trazido de Nova Iorque há mais de dez anos e já devia tê-lo aposentado há muito tempo. Mas ele era leve, fresco, e ela tinha a impressão de não estar usando nada, ideal para aquele calor desproporcional. Gostava da estampa de flores miúdas e, acima de tudo, dos vinte e cinco pequenos botões que fechavam a frente do vestido.
Recentemente ela havia reforçado sua costura, apesar de pregar botões ser uma coisa que detestava fazer. Porém era melhor prevenir, não queria arriscar perder um deles.

Numa tarde especialmente quente foi trabalhar com seu vestido florido, mas, ao chegar em casa, na hora de despi-lo, deu pela falta de um dos botões.
“E eu repreguei todos, será que deixei passar um?”
“Com certeza, senão isso não teria acontecido!”
Onde encontrar, passados dez anos, um botão para um vestido comprado em Nova Iorque?
Trocar todos os outros vinte e quatro? Jamais!
Procurá-lo? Não saberia nem por onde começar, seria o mesmo que procurar uma agulha no palheiro.

Estavam trabalhando e, como de costume, Churrasco se fazia presente.
A amiga perguntou:
– Churrasco, o que você está comendo?
Abriu-lhe a bocarra e vasculhou em meio à baba.
– O que esse cachorro achou para mascar desta vez?
Como o ruído de milho de pipoca sendo mordido continuou, a amiga insistiu.
Abriu a boca do cão uma vez mais e desta feita foi bem-sucedida.
– O que é isso? Não me diga que quebrou o dente?
Ela deixou seu trabalho e foi ver. Parecia um dente.
– O que foi que você aprontou desta vez, cachorro? perguntou afagando-lhe a cabeça.
Porém, quando a amiga virou o pequeno objeto para o lado contrário, ela reconheceu com grande tristeza duas listinhas verdes do que restou do seu botão.
Churrasco havia encontrado o botão no palheiro.

4 de março de 2009

4 comentários:

  1. eu li em labrador que ia apssear com o dondo todos os dias num campo de golf
    ai um dia o dono ouviu o som de chocalho vindo da abrriga do cao levou no veterinaro ele tinha mais de 10 bolas de golf no estomago alguma ja em estado de putrefaçao

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  2. Bem... não preciso mais justificar minha distância dos animais... Deixo todos para você! :-)

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  3. O labrador que comia bolas de golf, era na verdade um labratruz...Eu vi uma vez um avestruz comendo maçãs, ele as engole inteiras e fica com o pescoço cheio de bolotas. Uma agonia...

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  4. Juliana, você não gosta de animais porque eles comem coisas esquisitas?

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Tenho interesse em saber sua opinião sobre meus textos.
Afinal eu poderia estar caçando ratos, não é mesmo?