terça-feira, 1 de abril de 2008

Primeiro de Abril, dia dos bobos.

Em Inglês Fool´s Day. O dia dos bobos. Para nós o dia da mentira.
O que é um bobo?
Quem é bobo?


Uma pessoa inocente, ingênua? Aquele que acredita no outro metido a esperto pronto a tirar vantagem em tudo?
O ingênuo com certeza será enganado. Ao dar-se conta ficará desapontada podendo até sentir raiva de si mesmo por ter feito papel de...bobo.


O esperto sente-se o máximo, orgulhoso de sua inteligência em conseguir mais um otário para cair na sua lábia.
Mas ele esquece ou talvez nem saiba que o Universo está atento a tudo o que ele faz. E que tudo isso lhe retornará um dia multiplicado.


Eu não estou me referindo a planos mirabolantes, golpes de mestres. Estou falando tão somente de pequenas atitudes do dia a dia, como um filho tentando enganar a mãe.
Ele pode ter sucesso por certo tempo, mas a mãe perspicaz descobrirá as artimanhas...ou pode fingir que não vê. Mas no mínimo no futuro ele também terá filhos...


Uma pessoa inocente terá desafios no decorrer da vida como qualquer outra. Mas o espertalhão terá muito mais mesmo que não se aperceba disso.


Conheço uma pessoa que tudo de ruim lhe acontece, sócio passa para trás, casa pega fogo, é assaltado, já perdeu a conta das vezes que teve o carro roubado. Vive a lamentar sua má sorte:
“ Tudo acontece comigo! Sou um azarão!”


Mas ele não presta atenção nas suas ações, pois na hora de cobrar por seus serviços sempre dá um jeitinho de cobrar a mais do que o combinado, não devolve o que empresta, esquece o que promete, usa o que não lhe pertence sem pedir licença... porque será que ele é tão “azarado”?


Com certeza, o dia em que ele começar a dar a devida atenção a esses ”pequenos “ detalhes quotidianos, e começar a tratar o outro com o devido respeito ao invés de fazê-lo de bobo, a sorte sorrirá para ele.


Um outro, com grande poder aquisitivo, foi procurado por uma pessoa da família, desesperada e aos prantos, para pedir-lhe quatro mil reais para pagar o financiamento da casa que estava atrasado. Ele recusou dizendo que não tinha esse dinheiro.
Três meses mais tarde ladrões entraram em sua casa.
Ele afirmou: “Não tenho dinheiro! “
O Universo simplesmente conspirou ao seu favor e tornou a sua afirmação real.

Chego então ao reino da mentira com um exemplo:


Um amigo muito próximo me pede cem reais emprestado. Por maior boa vontade que eu tenha, eu não posso aJudá-lo nesse momento. Explico meus motivos, conversamos, tudo está bem.
Mais tarde fazendo uma arrumação numa gaveta, o que encontro?
Duzentos reais, que havia escondido há muito tempo e tinha esquecido completamente da sua existência.
Alegro-me pois agora posso ajudar meu amigo. Deixo o dinheiro sobre um móvel e saio a sua procura.
Nesse meio tempo ele volta e ao ver o dinheiro ali imediatamente pensa:


“Que sacana mentiroso! Tinha o dinheiro e não quis me emprestar. Isso não é amizade...”


Pergunto:
Onde está a mentira?
No momento que eu recusei o empréstimo realmente eu não tinha os cem reais, aquela era a minha realidade.


Ao imaginar que eu tinha o dinheiro e deliberadamente recusei o empréstimo meu amigo criou a sua realidade.


O uso da palavra mentira é muito subjetivo, pois a partir do exemplo citado percebemos que o que pode parecer uma mentira para um é a verdade sob o ponto de vista do outro.
Portanto vamos ter boa vontade e muita paciência com o outro e tentar perceber que a realidade dele jamais será a mesma que a nossa antes de chamá-lo de mentiroso.


Tenha um ótimo 1º de Abril!

1°./04 /2008


2 comentários:

  1. Não li esse inteiro, mas lembrei que na França é o Poisson d'Avril. Não sei porque as crianças colam peixinhos desenhados em papel nas costas uns dos outros! Pobre professores... Têm um verdadeiro aquário pendurado nas costas no fim do dia!!!

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  2. Concordo, realidade é o que podemos perceber, como temos percepções diferentes, cada um tem a sua. Talvez então, discutir seja uma grande tolice, não achas?
    Bj
    PP

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Tenho interesse em saber sua opinião sobre meus textos.
Afinal eu poderia estar caçando ratos, não é mesmo?